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sábado, 30 de agosto de 2014

NEBULOSAS Nebulosas densas num olhar ou infinitos eternos a serem criados; berços de estrelas, meu Deus quantas possibilidades há em nossas vidas imensas... mundos e fundos num olhar que se põe impunemente a criar; amor profundo que se retém a se revelar em universos voláteis que me põe a pensar...pensar...pensar penso então e sinto o mundo na pele carrego o senso do intenso daquilo que se imagina o que seria de nós a girar na roda da fortuna pretensa da vida presumivelmente perfeita que vejo no teu olhar seguro que seja o berçário de estrelas instáveis, brilha e crepita uma nebulosa em olhos absurdamente castanhos e brilhantes... vai, olha de novo: foi a minha resistência que eles incineraram agora há pouco, quando eu ainda fazia os últimos votos de amá-la muito mais do que antes.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

WOLVERINE

Eu sou um líder
sem seguidores
que deseja amar
porque nunca viu flores...
mas esse amor que procuro,
tão incerto e escuro,
jamais encontrarei completo:
amar a um só é tão vazio
quanto deserto...

MENTIRAS

Nenhuma verdade que eu te disser
nesta noite hás de acreditar,
nenhuma recusa que possas esboçar
hei igualmente de aceitar
e sabes muito bem disso,
está escrito no brilho do teu olhar...

Renunciemos então à verdade,
aceitemos o gosto da irresponsabilidade
e o mundo terá as nossas cores
tua boca calará as minhas dores
quando estivermos entorpecidos
dos recíprocos espíritos
e na infinita liberdade
que há nos nossos beijos ardidos...

Nenhum de nós disse a verdade essa noite:
nem eu sou assim tão inocente
e nem tu, tão indiferente...

WHO IS THE MONSTER

My enemy...
so close
just wacthing me
thru my open wyndow;
just a thought,
just a blink,
but not a single a move...

There was me...
fighting back
of nothing;
just a thought,
just a blink,
and my enemy was dead.
i´ve moved out
before the threat
and here you are:
just a thought,
just a blink,
wachting my humanity`s to sink...

sábado, 7 de janeiro de 2012

IMORTALIDADE

Mulher,
não haverá espíritos em nossos espelhos,
não haverá, se estivermos nos mordendo,
não haverá, se o teu sangue, a tua carne, estiver na minha boca,
não haverá nem medos e nem dúvidas
nem terceiros
mas apenas a unanimidade
e transparência da noite pelo meu corpo.

Mas não te iludas: o fogo, o fascínio
e a adequação do meu corpo no teu
apenas aguarda o limite da eternidade
e desafia a solenidade do tempo,
duvidando da tua reciprocidade protocolar
mas ensinando-me mil maneiras de te amar...

Sonha agora, enquanto podes...
um dia meu desejo virá te buscar definitivamente
e estarás na Terra
sem poderes regressar para a pura fatalidade:
quando o teu corpo morrer nos meus braços
enfim alcançarás a imortalidade...

ENTREMOS PELA NOITE

Vem minha paixão eleita
pela noite entremos
para conhecermos os limites de terras tão tristes
por nosso amor não saberem compartilhar;
pela noite entraremos então, como missionários,
e lá dividiremos os sonhos que só nós podemos sonhar
nos conheceremos sem podermos nos tocar
mas nos tocaremos e aos beijos nos lapidaremos,
serei a árvore da tua raiz
a primavera do teu jardim
e assim
a cada noite um açoite na carne quente,
cada beijo uma cicatriz eloquente
de um desejo renovável
um martírio para a minha alma sedenta e indispensável...
hoje ostento no meu espírito e no meu corpo
essas marcas viscerais dos teus quadris
que já não é mais o mesmo
mas dor,
se não te visito o ventre fecundo...
quando a lua sobe...o mundo dorme e eu te desejo...

vem amor, pela noite entremos!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SOPRO DO TEU AMOR

Nós,
que não seremos definidos
nem interrompidos
por estes beijos extraviados,
impressos na alma do tempo,
alhures desferidos,
continuaremos sempre assim:
pelo mar:lavados;
levados, pelo ar,
como sempre fomos
antes de nos termos com os olhos nos ferido;
com estas mesmas bocas sedentas
de beleza, paixão e liberdade,
buscando o amor
como quem toma uma cidade
apenas para libertar
os cativos da própria vaidade...

...e quando disputas com o vento
essa magnífica possibilidade
de me levar pelo mundo
sem direção nem identidade,
quando me devassas por inteiro
resgatando em mim o que tenho de mais profundo e oculto
num sopro de amor, raiando a insanidade
nesse momento eu te consagro esta liberdade
de puro extravio,
de uma matemática instabilidade
e me alivio
em saber que, perdido,
meu espírito se encontra com o teu...
e como se o teu corpo ilusório
fosse um infinito caminho compulsório
deixo esse sopro, esse vento me levar,
deixo essa fome, essa fúria me reinventar
nos teus seios rosáceos a beijar,
para então me criar um amor
que seja em essência:
colorido:
sendo a cor um estado da tua consciência;
dolorido:
sendo a dor o prolongamento da tua ausência...